DELIBERAÇÃO
Reunido
a 26 de Outubro na sua primeira sessão plenária, após as férias regimentais
observadas em Setembro, o Conselho Nacional de Comunicação Social (CNCS)
deliberou o seguinte:
1-Tendo
como referência a dinâmica introduzida durante a campanha eleitoral ao nível da
gestão dos espaços informativos dedicados a opinião e a análise,
particularmente relacionados com a actividade político-partidária, a plenária
concentrou as suas atenções nesta matéria, do ponto de vista do desempenho
registado em Outubro pelos médias.
2-
Antes de mais importa sublinhar e para melhor enquadramento desta abordagem,
que o CNCS foi criado com a finalidade de salvaguardar a liberdade de expressão
e de pensamento na imprensa de acordo com os direitos consignados na Lei
Constitucional (artigos 2º da Lei n.º 7/92, de 16 de Abril e 8º da Lei n.º
7/06, de 15 de Maio).
3-
A Constituição da República de Angola refere à propósito, no seu artigo 40º que
nenhum tipo ou forma de censura pode impedir ou limitar os cidadãos de exprimir,
divulgar e compartilhar livremente os seus pensamentos, as suas ideias e
opiniões pela palavra, imagem ou qualquer outro meio. Neste âmbito compete ao
Estado assegurar o pluralismo de expressão e a diversidade editorial dos meios
de comunicação social.
4-
Na apreciação que fez desta problemática a plenária notou que a média pública
do ponto de vista político não tem traduzido, nos seus espaços de opinião e
análise, de forma mais abrangente e sustentada, a diversidade e o confronto de
ideias que hoje caracterizam a democracia angolana.
5-
O CNCS constatou que, com algumas excepções pontuais, há um predomínio quase
ostensivo da opinião favorável a actividade do Executivo e do Partido no poder,
a contrastar com a ausência regular de vozes afectas as outras sensibilidades político-partidárias
e mesmo dos sectores da sociedade civil considerados mais críticos ou mais
independentes.
6-
A plenária recomenda e porque se está no início de uma nova legislatura, que a
média pública tenha em devida conta a necessidade de se emprestar um maior
sentido de equilíbrio à gestão dos seus espaços de opinião e análise política
que esteja efectivamente mais de acordo com as expectativas de toda a
sociedade.
António Correia de Azevedo – Presidente
Manuel Teixeira Correia – Vice-Presidente
David João Manuel Nkosi
Mbuta Manuel Eduardo
Armando Garcia Benguela
Narciso de Almeida Pompílio
António Pedro Cangombe
Oliveira Epalanga Ngolo
Reginaldo Telmo Augusto da Silva
Lucília de Oliveira Palma Gouveia
CONSELHO
NACIONAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, em Luanda,
aos 30 de Outubro de 2012. –
O Presidente,
António Correia de Azevedo
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